Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, o Outubro Rosa é um movimento internacional para a conscientização e controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de propagar o compartilhamento de informações sobre a doença e, assim, preveni-la. Também proporciona maior acesso aos serviços de diagnóstico, tratamento e contribui para a redução da mortalidade.

O Outubro Rosa chegou ao Brasil em 2002, quando um grupo de mulheres simpatizantes com a causa, junto com empresas patrocinadoras, iluminaram de rosa (cor símbolo) o Obelisco do Ibirapuera (em São Paulo) para chamar a atenção da sociedade. Desde então, o Outubro Rosa se tornou um dos movimentos conscientizadores mais importantes do país. “O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta a sobrevida das mulheres, sendo a mamografia a principal forma de realizar esse diagnóstico. As chances de uma mulher diagnosticada no estágio zero é de 98% em dez anos”, revela o médico da Fundação do Câncer no Rio de Janeiro, Carlos
Frederico de Freitas Lima.

O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. Para o biênio 2018/2019 são esperados 59.700 casos novos de câncer no Brasil. Homens tão são acometidos pela doença, porém são raros, representando
apenas 1% do total.

De acordo com a Fundação do Câncer, cerca de 30% dos casos da doença podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como: praticar atividade física; alimentação saudável; peso corporal adequado; evitar consumo de bebidas alcoólicas; amamentar e evitar o uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos).

Fatores que aumentam o risco da doença:

  • Fatores ambientais e comportamentais
  • Obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • Sedentarismo e inatividade física;
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Fatores da história reprodutiva e hormonal

  • Primeira menstruação antes de 12 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Fatores genéticos e hereditários

  • História familiar de câncer de ovário;
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • História familiar de câncer de mama em homens;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.