A pandemia de Covid-19 está no pior momento. De acordo com os números divulgados pelos governos estaduais, o Brasil registrou quase 1.800 mortes em um período de 24 horas – esses dados foram registrados na última terça-feira, dia 02 de março. A média móvel de mortes nos últimos sete dias chegou a 1.274/dia. Desde o início da pandemia, são mais de 259 mil óbitos, com 10.718.630 casos de Covid-19 confirmados. Nos últimos sete dias, a média móvel foi de 55.318 novos casos.

O pico de contaminação tem sido atribuído ao surgimento de novas variantes do vírus e a queda nos índices de isolamento social. Desta forma, para conter a proliferação do Covid-19 e evitar o colapso total da rede de saúde, novas medidas de restrições foram impostas em todos os estados – 18 estados e o Distrito Federal têm ocupação de leitos de UTI acima de 80%, desses 10 estão com lotação acima de 90%, segundo a Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz.

São Paulo volta a fase vermelha

 A partir deste sábado (06), entra em vigor nas 645 cidades paulistas a etapa mais rigorosa do Plano São Paulo, que impõe a restrição de mobilidade urbana e serviços não essenciais. A princípio a medida terá vigor até o dia 19 de março.

A fase vermelha só permite funcionamento normal de serviços essenciais como indústrias, escolas, bancos, lotéricas, serviços de saúde e de segurança públicos e privados, construção civil, farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, feiras livres, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias, hotelaria e transporte público ou por aplicativo, entre outros.

Já os comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e pedidos por telefone ou internet. Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, lojas de rua, concessionárias, escritórios e parques deverão ficar totalmente fechados ao público.

“Entendo que estamos na pior fase da pandemia, e o Brasil está à beira de um colapso na saúde, e realmente, ações precisam ser tomadas para o controle da contaminação de pessoas. Mas os empresários estão apavorados com o fechamento das portas por 15 dias. Quem já está com dificuldades de retomar os negócios, sofrerá mais um terrível prejuízo que, desta vez, tememos ser fatal. Está desesperador”, desabafou Malheiro. “Estamos em contato com a Facesp e pedimos uma audiência com o prefeito de Diadema, Fillipi Júnior. Ambos decidiram acompanhar a decisão do Dória, mas precisamos conversar e pleitear medidas que desonerem o bolso dos comerciantes e indústrias”, completou.

Malheiro alerta que o Governo de São Paulo não tem demonstrado complacência diante das dificuldades financeiras das empresas e, ao invés de ajudar, aumentou as taxas de alguns impostos. “Tenho a impressão de que o governador João Dória não está levando a sério a capacidade de sobrevivência de muitas empresas, que neste momento estão bem debilitadas. Não existirá meios de manter empregos e a geração de renda das pessoas, caso essas empresas deixem de produzir e faturar”, analisou o presidente da ACE Diadema, reforçando que o isolamento social mais rigoroso se faz necessários, porém, é preciso oferecer contrapartidas aos empresários e a população. “Tais como a revogação imediata do ICMS, suspensão de impostos estaduais e municipais durante os próximos meses, com parcelamento e carência, além de retomar o auxílio emergencial. Estou do lado do empresário e a ACE Diadema lutará por respaldo neste momento tão caótico”, completou.

Restrições precisam ser montadoras

A Facesp também já se pronunciou sobre a fase vermelha do Plano São Paulo e reforçou que as restrições precisam ser monitoradas conforme a situação de cada localidade, com medidas mais duras onde for necessário, com critérios que evitem sacrifícios para as empresas, trabalhadores e população.