Com 50 anos de existência, a FACESP – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo – é a entidade que representa todas as associações comerciais de São Paulo diante dos poderes públicos para defender e reivindicar os interesses coletivos da rede.

A nova gestão – presidida por Alfredo Coitat Neto, biênio 2019/2021 –, está bastante engajada no fortalecimento de rede, atualmente formada por 420 associações e, para isso, priorizará o atendimento às ACEs menores. Visitar todas as sedes é o compromisso da atual diretoria, a fim de entender a cultura da região, as dificuldades que enfrentam e incentivar o crescimento da entidade, bem como, colaborar com os negócios dos associados.

De acordo com o presidente da FACESP, busca-se uma rede mais fidelizada e forte, que entregue todos os produtos e serviços disponíveis da entidade aos empresários de sua região. Ele acredita que se as associações estiverem sintonizadas com o mesmo objetivo, com certeza todas terão mais associados e prestarão serviços cada vez melhores. Com foco nos trabalhos desta nova gestão, a Revista ACE Diadema conversou com o presidente Coitat.

Qual é o seu principal desafio diante da presidência da FACESP?

A FACESP é uma rede formada por 420 associações comerciais do estado de São Paulo e, portanto, o nosso maior desafio é fortalecer essa rede e ajudar as pequenas associações a crescer e se desenvolver.

Existem ações urgentes que já começaram a ser tomadas para fomentar os negócios das micro e pequenas empresas?
Estamos no momento de formatar e organizar todas as ações da FACESP, mas, uma que já podemos comentar e – no meu ponto de vista é fundamental, sobretudo, para as associações comerciais pequenas do interior – é promover cada vez mais o trabalho do MEI – microempreendedor individual. Destaco o trabalho da mulher empreendedora, principalmente, aquelas que já realizam uma atividade em casa (fazendo doces, cabelereiras, manicures etc). Em parceria com SEBRAE e por meio do nosso Conselho da Mulher Empreendedora, visamos orientar, estimular e facilitar para que essas mulheres se tornem MEI e, a partir daí, trabalhem para poder crescer. Este é apenas um dos exemplos das ações que estão sendo concretizadas; inúmeras estão por vir para incentivar os negócios das micros e pequenas empresas.

Atualmente, mais de 420 associações comerciais integram a FACESP. Como é esse trabalho que agrega tantas pessoas? Quais as principais dificuldades e, também, os resultados positivos dessa união?
Este não é um trabalho fácil, mas é fundamental porque une as associações comerciais. É sabido que as associações são independentes, com cultura própria, liberdade na criação de iniciativas e nas tomadas de decisões. A nossa maior dificuldade está em fazer com que as ACEs pequenas também possam ter resultados positivos em função dos serviços e produtos que são distribuídos pela rede FACESP.
Além disso, é fundamental a FACESP voltar ao protagonismo, principalmente o político, para defender nossos ideais e promover essa união, que será fortalecida por meio da força das entidades.

Qual o papel da Facesp para o empreendedorismo brasileiro, principalmente, por conta da alta taxa de desemprego e crise econômica?
Hoje, a FACESP está totalmente alinhada com a política econômica do Governo Federal, que visa mudar o sistema e economia de dependência dos estados, para uma economia liberal; que na verdade é o nosso DNA, a nossa origem. Nós somos a favor de uma política liberal e, portanto, nosso papel é apoiar as iniciativas e os projetos que estão sendo apresentados, focando para o nosso maior problema social que é o desemprego.
Logo, se conseguirmos levar a frente a aprovação desses projetos na onda liberal, com certeza, haverá uma diminuição da taxa de desemprego e uma melhoria da crise econômica ou um início de pequeno crescimento econômico.

Qual a sua visão frente ao trabalho que as associações comerciais do Grande ABCD.desenvolvem na região?
O ABCD é uma área extremamente forte dentro do estado de São Paulo (e, obviamente, dentro da rede FACESP). Tem uma história intimamente industrial e, por isso, faz defesa das pequenas indústrias, ofertando e ajudando muito o empresariado com os produtos disponíveis na nossa rede. É uma região importante para o crescimento da economia. As ACEs de cada município têm um papel protuberante nesta região, e elas trabalham para o principal, que é o aumento do associativismo (números de associados de cada uma das associações comerciais).

Como é a relação da Facesp com as associações comerciais do ABC? Existe algo que possa ser feito para melhorar ainda mais?
A nossa relação é a melhor possível. Como falei anteriormente, a FACESP é uma marca que reúne uma rede de associações comerciais, no qual o ABCD faz parte (e é uma parte importante). Nós precisamos trabalhar sempre juntos para o fortalecimento da rede, por meio de melhorias de produtos e serviços, ajudando as pequenas associações a crescerem e se organizarem, e aumentarem os nossos associados através do associativismo e, com isso, a nossa representatividade será cada mais vez mais notória.