O leite materno contém tudo o que o bebê precisa para o seu desenvolvimento até o sexto mês de idade. Bebês bem amamentados ficam menos doentes e são mais nutridos. Por isso, o mês de agosto vem para trazer conscientização sobre este tema

Por Jones Araújo

O leite materno é o alimento mais importante para o bebê. Ele contém tudo o que a criança necessita na sua fase de desenvolvimento e, entre outros benefícios, reduz o risco de doenças para o recém-nascido. Falar desse ato – que também fortalece conexão afetiva entre mãe e filho –, se torna cada dia mais necessário. Por esse motivo, agosto foi escolhido como o mês da conscientização da amamentação.

“Durante o aleitamento, o neném adquiri imunidade para ser um adulto saudável, graças aos nutrientes recebidos. Além disso, essa ligação maternal com o filho, passa segurança, confiança e amor”, explica a enfermeira, Micilene Santos, especialista em UTI neonatal.

Até os seis meses, o leite materno deve ser a alimentação exclusiva do bebê, após isso, a introdução alimentar ocorre gradativamente. Entretanto, a amamentação deve continuar até os dois anos de idade ou o tempo em que a criança determinar.

Agosto dourado

A maioria das mães consegue amamentar com sucesso, mas é normal ver aquelas que enfrentaram obstáculos, como até mesmo, a escassez do leite. As mães que não possuem confiança ou têm dificuldades, precisam de estímulo e apoio prático do pai da criança, bem como das famílias e amigos. Agentes de saúde, organizações femininas, mídias e empregadores também podem oferecer esse apoio.

De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – e o Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância –, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente, em virtude do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. Porém, no Brasil, apenas 39% dos bebês são amamentados com exclusividade até os cinco meses de vida. Despertar a consciência do fortalecimento do aleitamento materno é a intenção da campanha do ‘Agosto Dourado’.

“Os profissionais de saúde usam esse mês para orientar e acolher as mães. Trabalho em uma UPA e lá abordo muito o tema sobre a sociedade ajudar a mulher que está nesse período. É importante divulgar que a UPA oferece este tipo de acolhimento, por meio de uma assistente social, que promove o conforto e bem-estar na saúde da mulher e do neném”, explica a enfermeira.

A Prefeitura de Diadema, por meio da SMS – Secretaria Municipal da Saúde, informa que em caso de dúvidas, as lactantes podem buscar as UBSs da cidade. As unidades de saúde possuem grupos que prestam orientação às mães e familiares sobre a amamentação.

As munícipes interessadas em participar de alguma ação na região onde mora ou trabalha deve buscar informação sobre as atividades oferecidas na UBS de referência. Veja os endereços em: http://www.diadema.sp.gov.br/enderecos/324-contato/ubs

Saúde da mãe

Amamentar nem sempre é uma tarefa fácil; há dores, inseguranças, muitos desafios…, mas apesar das dificuldades que geralmente acontecem, é preciso insistir o tempo que for necessário para que se crie o vínculo com o filho. Os obstáculos podem ser amenizados com o auxílio da rede de apoio de todos aqueles que estão em torno da mãe e filho.

Para o lactente, o aleitamento materno promove menor prevalência de doenças infecciosas como otite, pneumonia e gastroenterite. Os benefícios para a saúde da mulher também existem, a exemplo de melhor recuperação do parto e menos risco de câncer de mama.

“Existe a redução dos riscos de câncer na mulher que amamenta, porque os hormônios liberados no momento [em que o neném se alimenta] promovem a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético. Isso diminui as chances de neoplasias de órgãos ligados ao sistema hormonal feminino”, finaliza Micilene.