Saber entender as próprias emoções e, rapidamente controlá-las, é uma prática essencial no mercado de trabalho. E ainda, evita problemas de saúde
Por Isis Moretti
“As pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelo seu comportamento”. Todo mundo já ouviu essa frase, não é mesmo? Isso tem tudo a ver com o que se chama de inteligência emocional que, de acordo com o Presidente do IDHE – Instituto de desenvolvimento humano e empresarial, Adam Nöckel, é a capacidade (e rapidez) da pessoa em reconhecer as próprias emoções e poder direcioná-las de forma prática a seu favor. “Ou seja, é ter o controle das próprias emoções de forma saudável e fazer com que elas não nos autossabotem”.
Ser empresário é algo desafiador e solitário. Um empreendedor sofre pressão de todos os lados, seja de clientes, fornecedores e, até mesmo, dos colaboradores internos. Destacando ainda, as questões que envolvem o cenário econômico que, atualmente, tem oscilado bastante e deixado muitas incertezas. Mas, ainda, inteligência emocional é um assunto que deve despertar a atenção de qualquer profissional, independente do cargo ocupado.
Hoje, esse tema é visto como um diferencial e está entre as competências comportamentais mais valorizadas no mercado de trabalho. A pessoa que tem inteligência emocional, raciona mesmo sob pressão e mantém o equilíbrio nas situações mais adversas.
Sob extrema pressão
A velocidade das informações, do avanço da tecnologia, a competitividade, cobranças por resultados, metas a serem batidas, exigências e mais exigências… Enfim, o cenário do mercado nacional tem implicado às pessoas emoções negativas, que podem ser afloradas por meio do medo, tristeza, raiva, insegurança etc. “É uma montanha russa de sentimentos; se o indivíduo não conseguir reconhecer que essas emoções fazem parte de nós como seres humanos (e que elas existem por uma razão), tornará-se refém de suas próprias emoções e adquirirá problemas de saúde, tais como Síndrome de Burnout, depressão e outras questões emocionais que somatizam com o corpo”, explica Nöckel.]
Ter inteligência emocional no trabalho é essencial, pois ajuda a lidar com a pressão, os conflitos de relacionamentos internos e os desafios do cotidiano, refletindo diretamente na produtividade e na qualidade dos resultados. Quanto mais facilidade a pessoa tiver para isso, maior é a chance de ela lidar com as suas emoções.
Um funcionário com essa habilidade, jamais será visto como alguém explosivo de temperamento difícil e, ainda, ajuda as demais pessoas a gerenciar seus sentimentos e comunicá-los de forma compreensível, sem grandes rompantes.
“Quando eu reconheço as minhas emoções e assumo o controle delas, eu entendo que cada estado emocional tem um ponto positivo que eu posso utilizar a meu favor, como por exemplo, a tristeza – que é um estado de reclusão e faz com que nos afastemos para uma reflexão e direcionar melhor as ações”, detalha o presidente do IDHE. “Questione-se: O que eu estou sentindo agora? Por que estou sentido isso e qual o motivo? A partir de então, faça uma gestão das emoções, entenda as motivações e como se relacionar de uma forma mais saudável com as outras pessoas”.
Pessoas com alto nível de QI são superadas, em 70% das vezes, por pessoas emocionalmente inteligentes. E isso acontece por estar ligada a fatores como: comunicação, relacionamentos e saúde física e mental.
Como adquirir inteligência emocional
– Observe o seu comportamento e suas reações
Observe como você reage fisicamente e mentalmente a um sentimento muito bom ou muito ruim. Saiba que suas reações têm impacto sobre as outras pessoas e o ambiente em que você está.
– Controle suas reações
No trabalho, a impulsividade normalmente não é boa aliada, por isso, domine as suas reações. Controle e equilíbrio é fundamental.
– Desenvolva autoconhecimento e autoconfiança
Conheça-se bem. Analise seu comportamento e emoções. Descubra seus pontos fortes e fracos, o que faz muito bem e o que precisa melhorar.
– Aprenda a priorizar
Aprenda a separar o que é urgente e do que não é.
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