Seja na hora de pesquisar, consumir ou resolver problemas, o novo consumidor busca por facilidade e economia (de tempo e dinheiro). E para proporcionar a melhor experiência aos clientes, empresas investem cada vez mais no conceito fisital
Por Isis Moretti
A integração dos mundos físico e digital está espalhada por toda a parte! O conceito fisital trata do relacionamento que as pessoas têm com produtos e serviços de maneira física e, ao mesmo tempo, digital. O objetivo é oferecer uma experiência completa de consumo. E, apesar de ter muito a ver com o comércio eletrônico, não é apenas a este segmento que o fisital se aplica, como por exemplo, bancos, corretoras, financeiras, restaurantes, bares, empresas de cosméticos, entre tantos outros.
De acordo com o empresário e empreendedor, Benicio Filho, o fisital é o caminho do meio. “Este é o reflexo de uma mudança de comportamento em relação a posse. Hoje em dia, não faz sentido possuir tudo, mas sim experenciar. Por isso, a empresa que não tiver um modelo de negócio com acesso a experiências digitais, está fadada ao fracasso. Entretanto, é preciso estar atento de que não se trata de uma abordagem tecnológica, mas sim de comportamento”, explicou.
Para oferecer uma melhor experiência, o fisital é baseado em três pilares: análise de Big Data, banco de dados (armazenamento e cruzamento de informações sobre hábitos de consumo); e geolocalização (mapeamento de deslocamento dos consumidores) e usabilidade de dispositivos móveis.
Solucionar problemas de forma rápida e versátil faz parte da experiência
Na questão que envolve a resolução de problemas e pendências, investir em ferramentas e processos digitais simples e funcionais por meio da internet é uma importante ação das empresas. A receita está em proporcionar experiências satisfatórias aos clientes na economia de tempo (não precisam sair de casa) quando ao menor esforço obtêm-se êxito naquilo que almejam.
Quando se fala do que está por trás do fisital – armazenamento de documentos na nuvem, redução de servidores locais, robotização de tarefas repetitivas, inteligência artificial, implementação de workflows, inclusão de testes de produtos de forma automatizada, scanner 3D etc. – pode até parecer um “bicho de sete cabeças” para alguns empresários e, ainda que realmente possa ser, fugir desses processos não é a melhor decisão. Falar em Data Science e Business Intelligence na empresa é importante e gera oportunidades de negócios.
O ser humano no centro do mundo
Benicio salienta que o ser humano sempre será o centro no mundo digital. A tecnologia é o meio e deve estar a serviço dos indivíduos, a fim de melhorar a qualidade de vida. As empresas que não entendem isso e pensam somente na tecnologia (sem a integração) geram um distanciamento maior entre as pessoas, ou seja, modelos preditivos que, muitas vezes, causam preconceitos.
É importante enxergar os fatos e observar o comportamento das pessoas; a pandemia obrigou o distanciamento social e, a mais de um ano vivendo nesta realidade, provou que as pessoas querem e precisam de contato físico, afeto, acolhimento e experiências que marquem suas vidas. “O ser humano é um omnichannel que exige conexão”, falou.
Como se integrar ao fisital?
A melhor integração com o mundo fisital é aquela que entende a face da empresa e do cliente. Benicio aponta que deve ser essencial a face humana estar conectada ao digital. “O desafio do empresário é construir no digital aquilo que transpareça o que ele tem de melhor enquanto pessoa, empresa, propósito, ação do meio em qual está inserido”, encerrou.
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