Encerra-se mais um ciclo de agosto, o mês de alguns jargões a serem considerados, como diz o velho ditado: “é o mês do cachorro louco”. De fato, revela-nos que é um mês de grandes feitos na história da humanidade. Tivemos o início da primeira guerra mundial, o ataque à Hiroshima, o muro de Berlim e perdas de grandes personagens da cultura mundial. Isto nos faz olhar para este mês e nos sentirmos arrepiados: agosto, o mês do desgosto.
Não, nem tudo é angústia! Se olharmos com mais cautela, veremos que após a tempestade, a chuva fica mais serena. Na área da saúde, a ciência que cuida da vida e, por meio de medidas profiláticas alcançando bons prognósticos, alegramo-nos com um grande feito: o nascimento de um exemplar cientista, médico, sanitarista, bacteriologista e epidemiologista Oswaldo Cruz; e por tudo que temos presenciado e seus desfechos, celebramos também a cura.
Em 05 de agosto, comemoramos o Dia Nacional da Saúde, instituído em homenagem a este homem que enfrentou a Febre Amarela (1907) e a Varíola (1908), nos deixando como legado as vacinas, tornando-se assim o pioneiro nos estudos das doenças infecciosas e medicina experimental no Brasil.
Atualmente, estamos diante de outra doença infecciosa e respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, que vem sofrendo mutações ao longo da história. Tudo o que temos visto e ouvido nos causa uma sensação de futuro vazio, a esperança esvaindo-se e desconstruindo nossos projetos. Nossos ideais de vida passam a exigir mais cautela. Afinal, somos seres passionais, nos movemos por paixões, e se esta estiver abalada, interferirá diretamente nos nossos desejos.
Diante dos fatos, embora nos causando temores, somos capazes de nos reorganizarmos e não permitirmos que nossos sonhos se esvaziem como a água indo embora pelo ralo. Não, o corpo não pode ser fator limitador dos nossos objetivos. Como diz a música de Lupicínio Rodrigues, “o pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar”.
A sociedade da época de Oswaldo Cruz alçou voos mais altos que suas limitações e, hoje, colhemos seus frutos, e com todas as suas dificuldades, superaram as doenças e nos deixaram o legado. Por que atualmente seria diferente, se temos mais tecnologias a disposição? A comunicação atual é mais ágil e facilita as trocas de informações em caráter de urgência para combater as doenças e seus agravantes. Estamos confiantes que esta pandemia também será vencida!
Vacinas estão sendo estudadas e testadas, vemos a ciência trabalhando para manter a vida com dignidade e cada um de nós nos comprometendo a ficarmos no protagonismo da vida!
Agosto é o mês Nacional da Saúde, isto deve ser suficiente para superar qualquer simbolismo que se opõe à vida. Os problemas são possibilidades de melhoras, não obstáculos para nos fazerem tropeçar. Então, celebremos a vida!
Como desejamos uns aos outros: saúde! Pois se a tivermos, as demais coisas farão parte do processo diário de conquista!
Autor: Elias Gabriel
Enfermeiro Sênior especialista em Nefrologia e Gestão da Qualidade e Segurança do paciente.
Trabalha no Hospital Sírio Libanês – SP.
Centro de Nefrologia e Diálise
Contatos: gabsaile@gmail.com.br
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