Mais de 70% dos consumidores brasileiros expressam receios quanto à segurança de seus dados online, revelando uma inquietação maior do que a média global, que é de 55%. Essa apreensão abrange preocupações com roubo de identidade, fraudes e segurança geral dos dados.
De acordo com o estudo Future Consumer Index (FCI) da EY, realizado entre março e abril do ano passado com mais de 21 mil respondentes em 27 países, 69% dos brasileiros estão muito preocupados com vazamentos de dados e incidentes de segurança, superando a média global de 53%.
Curiosamente, apesar da preocupação, 41% dos brasileiros utilizam o autopreenchimento de senhas, uma prática ligeiramente acima da média global de 39%. No entanto, o temor com a venda de dados pessoais para terceiros é evidente em 66% dos consumidores brasileiros, comparado a 53% da média global.
A cibersegurança torna-se ainda mais crucial, considerando que o roubo de contas representou 72% das fraudes digitais no Brasil em 2022. O acesso não autorizado ocorre por meio de dados vazados, engenharia social e malwares. São Paulo lidera as estatísticas, concentrando 37,6% das fraudes online no país.
O contexto de aumento das fraudes coincide com a crescente adoção de tecnologias digitais pelos consumidores brasileiros. O FCI aponta que 82% assinam serviços de streaming de vídeo, 75% ouvem serviços de streaming de áudio e 84% gerenciam suas finanças por meio de aplicativos bancários.
Apesar das preocupações, a maioria dos consumidores brasileiros (67%) está disposta a compartilhar dados para uma abordagem personalizada com as marcas que já mantêm relacionamento. Além disso, 61% aceitam compartilhar dados em troca de uma experiência online customizada, destacando as oportunidades para as empresas expandirem sua presença digital com segurança e personalização.
