Valor efetivado nos últimos dois anos corresponde a um pouco mais de 30% de todo volume de crédito garantido pelo fundo de aval do Sebrae em 27 anos
Com o apoio do Fampe – Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas –, mais de 130 mil micro e pequenas empresas (MPE) obtiveram em torno de R$ 8 bilhões em empréstimos nos anos de 2020 e 2021. O valor das operações efetivadas durante a pandemia, correspondeu a um pouco mais de 30% de todo o volume de crédito garantido pelo Fampe, desde a sua criação em 1995. Nesses 27 anos, o fundo de aval já financiou 25,8 bilhões em operações de crédito, com quase 470 mil contratações até o último mês de fevereiro.
O Fampe é um fundo garantidor gerido pelo Sebrae, que atua como avalista das operações de crédito para os pequenos negócios, desempenhando o importante papel de fornecer as garantias sobre o crédito que muitas vezes esses empreendedores não conseguem fornecer às instituições financeiras. Desde o início da pandemia, o Sebrae tem concentrado esforços para democratizar o acesso dos pequenos negócios ao crédito, em diversas frentes de atuação. Um exemplo disso foi a reformulação do Fampe para atender melhor às necessidades das MPE no período de crise.
Atualmente, já são 20 instituições financeiras credenciadas para concederem financiamentos com as garantias do fundo de aval do Sebrae. Entre elas, destacam-se Caixa, Banco do Brasil, BRB, Sicoob, Sicredi, Banco Original, Banrisul, Banco Banese, entre outras.
A falta de garantias ou insuficiência de garantias disponibilizadas corresponde a um dos principais obstáculos enfrentados pelos pequenos negócios para acessar as linhas de crédito disponíveis no mercado. Nessas situações, quando o empresário não tem garantias para oferecer, ele pode buscar atrelar ao empréstimo as garantias fornecidas pelos fundos garantidores.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que o crédito foi fundamental para fornecer os recursos tão necessários para a sobrevivências de todos os pequenos negócios – microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedor individual – seja para reformular seus modelos de negócios (sobretudo no ambiente virtual), ou se adequar aos protocolos de segurança para o momento de reabertura.
Entretanto, segundo Melles, mesmo com o controle da pandemia, o cenário permanece difícil com a alta da inflação e o aumento das taxas de juros. “Entendemos que é um cenário desafiador para os pequenos negócios e para a economia do país como um todo, mas é o momento também de mais uma vez mostrarmos que os pequenos negócios têm potencial para serem os grandes protagonistas da retomada do desenvolvimento econômico e social do país”, encerrou.
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